Os responsáveis pelas escolas privadas deram ontem, mais uma vez, provas da sua superior capacidade de gestão: em apenas uma viagem, fizeram a sua manifestação e proporcionaram, a milhares de alunos (!), uma visita de estudo à capital. E ainda há quem esteja contra os contratos de associação. Francamente.
Por outro lado, este clima de guerra civil contra os ricos e os betinhos das escolas privadas, que tem assolado as secções de comentários dos jornais e das redes sociais, também é bem catita. E eu, que trabalho num hospital privado, lido diariamente com gente dessa estirpe. Ainda hoje, falei ao telefone com uma senhora que queria marcar consulta «para a patroa» dela, que devia estar muito ocupada – apesar de eu a ouvir, lá ao fundo, a mandar bitaites. Mas giro, giro, mesmo giro, é a patroa usufruir do privilégio de poder pertencer à ADSE, e ir ao privado por 3,99 €. Assim é que deve ser: os privados não são para quem quer, são para quem pode.
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