Em verdade, em verdade vos digo...

Em verdade, em verdade vos digo...

Como benfiquista e, por conseguinte, pessoa de bem, fez-me espécie ver J.J. na bancada, no segundo tempo do jogo deste Domingo, contra o Boavista Futebol Clube. Será que reparou que era alérgico àquelas bolinhas pretas dos relvados sintéticos? Será que se melindrou com Raúl José ou com Shéu Han, por estes se terem aproximado dele sem autorização, e os deixou lá sozinhos, do género agora para aprenderem, ficam vocês a treinar, p'ra verem o que é bom? Ou será que foi expulso durante o intervalo?

Foi expulso. Segundo Jesus, que afirma não ter dito nada sobre o jogo, "o árbitro achou que não devia entrar na segunda parte para o banco". O que J.J. realmente disse, ficou, até hoje, misteriosamente entre o próprio e Marco Ferreira, juiz da partida. Vá, e mais três ou quatro pessoas que estavam à volta.

O Eng. Cristiano Neto
é ainda teclista amador.
Digo até hoje, porque estou em posição de revelar o que realmente se passou naquela noite. Com a ajuda preciosa do meu amigo Eng. Cristiano Neto, hacker informático, vou aqui expor toda a história por detrás desta enigmática expulsão.

Passa-se o seguinte: no dia 15 de Dezembro de 2012, após o jogo que opôs o Sport Lisboa e Benfica e o Club Sport Marítimo, no Estádio da Luz, Jesus teceu rasgados elogios aos árbitros Hugo Pacheco, que arbitrou esse jogo, e Marco Ferreira, que tinha sido o juiz do jogo anterior, contra o Sporting Clube de Portugal, em Alvalade. Sobre este último, o treinador benfiquista veio desenvolvendo nestes dois anos uma estranha obsessão.

Desde essa altura, Jorge Jesus quer muito ser amigo de Marco Ferreira. Através dos conhecimentos do Eng. Neto, conseguimos ter acesso à conta de Facebook de Marco Ferreira (a palavra passe era 123456, não foi grande avaria, diga-se), na qual encontrámos várias mensagens de J.J.:
...
Na maior parte das vezes, os pedidos não obtinham retorno; e mesmo quando Marco Ferreira se dignava a responder, era sempre de forma evasiva:
Jorge Jesus chegou mesmo a criar uma página sobre Marco Ferreira na Wikipédia, na qual o descreve como "um árbitro de primeira categoria. Bom árbitro".

Jesus costuma ir comer leitão a um reconhecido
restaurante da especialidade, frequentado por antigas
glórias do futebol português e outras figuras conhecidas.
Segundo o Eng. Neto, que também é mais ou menos perito em ler lábios, o que J.J. disse ao àrbitro, antes de ser expulso, foi:
"Oh Marco, amanhã vou te buscar ao hotel, e vou levar-te a comer um leitão, que nunca mais queres outra coisa".
Farto, Marco Ferreira avisou o treinador que não o queria ver mais no banco e que o ia bloquear no Facebook. Nada que tenha esmorecido o afecto que Jorge Jesus sente por ele, como comprovam aliás as fotos do treinador, na bancada, sorridente.

Jorge Jesus passou toda a segunda parte a comentar
com Manuel do Laço o quanto gosta do seu amigo.
São portanto de esperar novos episódios desta história de amizade sui generis, entre treinador e árbitro, tendo em conta que Marco Ferreira até já perdoou Jesus, que se vai poder assim sentar no banco no próximo jogo, contra os leões,  ficando apenas obrigado a pagar uma multa de 153 euros – curiosamente, e ao que conseguimos apurar, um valor idêntico ao da conta do tal almoço prometido que chegou mesmo a acontecer.

Nota: nunca é demais agradecer a ajuda do Eng. Cristiano Neto, sem a qual esta investigação não teria sido possível.




Sem comentários:

Enviar um comentário

Contact Us

Nome

Email *

Mensagem *



Back To Top